O que ensina o latim...

"Quod non est in actis, non est in mundo" ("O que não está escrito, não existe")

quarta-feira, 27 de março de 2013

Estado canídeo


Este Estado judicialista, litigante, despesista e paralisante condenou-me a pagar 55€ por me ter feito acompanhar dum "animal canídeo" numa esplanada de praia vazia na Caparica fora da época balnear em Outubro.

A sentença veio anexada de um parecer de 4 páginas, que chamá-lo redundante é um elogio: cheio de expressões para “encher chouriços”, repetições e contradições (ora diz que estava na esplanada, ora diz que estava na praia). Coisa valiosíssima pela qual vou pagar uns adicionais 15€ (deve ter dado uma tarde inteira sem pausas para café ao imbecil que a escreveu).
O cão em questão (ou "canídeo", segundo o novo acordo ortográfico) é o ser mais pacífico e obediente que se possa encontrar. Goldan Retriever, com experiência de trabalho junto de deficientes cognitivos. Pode-se-lhe enfiar a mão pela goela abaixo que ele acha normalíssimo. Nunca ladra. Quando vai à praia não sai do guarda-sol e não gosta de mar. E quando faz as suas necessidades, vai esconder-se na moita para não o verem.

Pergunta: a polícia marítima não tem mesmo mais nada para fazer? É destes burocratas que precisamos?
Depois venham-me dizer que não há funcionários públicos a mais e que a produtividade na Administração é elevadíssima.